segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Do burlesco ao pitoresco: a não ser que...

Ok.Podemos até não admitir, mas a minha, a tua, a nossa e a vossa  essência é narcísica, a não ser que você não seja humano, afinal ainda não se sabe muito sobre os ETs. Encontramos prazer nas “coisas” da vida.


 Sim! Beleza, popularidade, poder e dinheiro são altamente desejáveis, por isso às vezes nos esforçamos tanto que chegamos a ponto de exaustão. E na ressaca de carnaval, não aquela festa que insiste em prolongar o mesmo, mas aquela físico-moral, espírito-mental, ou outro “al” qualquer, nos resta tirar a fantasia, sair do  lamaçal  e procurar o que realmente não podemos ficar sem.

Eis a minha versão de ressaca. Minha 6ª não teve cuuuurtiçaaão, paquera, balada, breja, churras, boteco, nem um mísero cineminha, jantarzinho ou papinho no sofá.Foi cama, mesa e banho mesmo. Desacompanhada, cansada e aliviada, sem música, TV, nada. E nada era tudo o que eu queria.

Sábado foi dia de rever amigas queridas, por papo em dia e fazer tudo no ritmo que o UniveRRRso desejava. Choveu, andei de metrô, de ônibus, tentei pela enésima vez ver o show do Criolo e pela enésima, os ingressos se esgotaram. Vi exposição de cenografia, e, além disso, vi gente que gosto de ver, alla pittoresca, feito como uma pintura.E só me dei conta de que o burlesco cedeu ao pitoresco quando ao invés de ficar aflita para entrar no show, ensaiava feliz da vida algumas piruetas descoordenadas numa sala vazia de uma exposição de fotografia.

E esse lado sublime avançou a noite. Fui numa festa estranha com gente esquisita, dancei, suei, fiquei descalça, suei, sentei e assisti todos alla pitoresca mais uma vez. A música tava boa, o calor de matar e as pessoas eram simpaticamente acessíveis. Mas tudo o que eu conseguia fazer era assistir meninas alegres, despenteadas, com muita cor e pouco sutiã e moços igualmente alegres e coloridos, com muita barba e pouca pompa... Até que eu mesma virei os olhinhos. Nessa Commedia dell’arte que é a vida, eu que estava num lugar legal, não conseguia me manter em pé, nem mesmo a pessoa mais interessante do mundo o faria, nem Reginaldo faria.Unica e somente a atuação burlesca de minha querida amiga Lu, como Mama África, nos fez chegar vivas e às gargalhadas ao lar.
Domingo o café da manhã começou meio-dia  e deve ter durado quase 3 horas,  teve idéias brilhantes, conversas engraçadas,  muito sofá, filminho francês,  aniversário do amigão num botecão e muita chuva. Não teve parque, piscina, churrasco, esticadinha, enquenta ou saideira. Não teve tudo e deu certo. Do burlesco ao pitoresco sempre transitaremos. A não ser que você seja um ET

2 comentários: